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10 de jan. de 2009

artista-específico.

(...) não adianta apenas um público específico, mais importante é um artista específico que opera no sentido de descobrir novas formas de atuar na comunidade. "A escultura do site-specific não está morta. Ela apenas está mudando de formato." (MALHEIROS, Ulbiraécio da Silva, 2007). ler texto na íntegra aqui.

O texto amplia a ideia discutida no outro texto chamado "A escultura no campo ampliado" de Rosalind Krauss (uma análise das esculturas da década de 80 e 90), porque propõe uma discussão além da regra binária arquitetura-paisagem proposta no modelo de Krauss.
 
Uma arte site-specific, hoje, dificilmente desconsideraria o fato de que não existe paisagem ou arquitetura deslocada dos corpos que ali habitam, portanto antes de se criar um site-specific, o artista deveria ser em si mesmo um artist-specific, para atuar em qualquer site que deseja trabalhar.

O autor, Malheiros (2007), ainda é extremamente crítico quanto ao caráter espetacular de algumas obras em site-specific, além de analisar que certos trabalhos ditos específicos nada mais são do que extensões do atelier do artista e que nada dialogam com o local e as pessoas locais da apresentação. Vale à pena conferir o texto disponível na internet aqui.